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- Anvisa suspende testes de agrotóxicos nos alimentos há mais de dois anos (Pública, 2022)
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Desnecessário dizer o quanto isso é sério. Em mais um trabalho primoroso de investigação, a agência Pública mostra que o governo federal trabalhou para suspender os esforços pela busca de níveis extremos de agrotóxicos nos alimentos. Para piorar, a prática foi adotada como padrão desde que Jair Bolsonaro se instalou no Planalto. Múltiplos relatórios de organizações e pesquisadores da área de saúde têm atribuído a alta de doenças e o crescimento das taxas de autismo, por exemplo, à ingestão de uma quantidade cada vez maior de agrotóxicos.
- Não culpe a pandemia e a guerra pela inflação dos alimentos no Brasil (O Joio e o Trigo, 2022)
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Especialista no assunto, o Joio e o Trigo rastreou as verdadeiras raízes da alta de preços dos alimentos nos últimos meses. “Política cambial, primarização do comércio exterior, desindustrialização, saldo da balança comercial, concentração de terra e mercado de commodities podem soar como um balaio sortido de um economês incompreensível para a maioria das pessoas. Mas é o conjunto desses fatores e a interrelação entre eles que impacta, direta ou indiretamente, o preço e a disponibilidade da comida que chega na mesa. Ou seja, o buraco é bem mais embaixo. E, sem entender esse buraco, não há como sair dele. Aliás, no curto prazo não há nada no horizonte que permita ter otimismo quanto ao fim desse ciclo inflacionário.”, diz a reportagem. - Frutas e legumes são menos nutritivos do que costumavam ser (National Geographic, 2022)
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A National Geographic mostrou como as coisas que você compra na feira hoje são bem menos saudáveis do que as hortaliças que a sua avó consumia. Os especialistas consultados atribuem o problema à maneira como produzimos, cultivamos e colhemos os alimentos, chamando atenção também — de novo — para o uso de agrotóxicos. Se fugir dos processados ou apostar em uma dieta saudável pareciam caminhos para prevenir enfermidades, as prateleiras de frutas e verduras já não podem garantir isso hoje. - How Americans’ love of beef is destroying the Amazon (Washington Post, 2022)
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Excelente trabalho de investigação mostra, mais uma vez, como as terras desmatadas na Amazônia têm sido utilizadas principalmente para a agropecuária de exportação, num ciclo que mistura os problemas de fiscalização e aplicação de punições, o abandono dos órgãos de regulação e atenção às populações locais e políticas públicas que beneficiam a destruição da floresta. O jornal tenta mostrar ao seu público que vender/comprar um bife nos Estados Unidos tem ligação direta com a sua produção realizada em solo amazônico desmatado.