NEWS | Governo de Goiás e UFG realizam 3ª rodada de discussões da Política Mineral Goiana

fotografia de Augusto Araújo mostra pessoas segurando um papel e posando para foto.

Foto: Augusto Araújo
Texto: Raniê Solarevisky de Jesus

O Governo do Estado de Goiás e a UFG realizam, entre hoje (25) e amanhã, uma nova rodada de discussões da Política Mineral Goiana, que deve orientar os planos de exploração e oportunidades na área pelos próximos 20 anos.

O evento vai levar pesquisadores da UFG e de instituições parceiras para os municípios de Crixás e Campos Verdes, em audiências públicas que pretendem informar dados importantes sobre a dinâmica geológica da região e promover rodas de conversa sobre as demandas e desafios para a atvidade mineradora na região. As audiências são públicas e a participação é aberta e gratuita para toda a comunidade, com dispensa de inscrição.

Mapeamento em Goiás

A UFG assinou contrato com o governo do Estado em junho do ano passado (foto) para criação do “Mapeamento de Oportunidades de Crescimento do Setor Mineral em Goiás 2022-2042”. O documento recebeu assinaturas da Reitora da UFG, Angelita Pereira, e de representantes da Secretaria de Estado de Indústria e Comércio (SIC) e da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape).

Na ocasião, segundo a própria universidade, firmou-se o compromisso de levantar informações históricas, demandas econômicas e sociais para a exploração de recursos minerais de maneira responsável, com políticas públicas sustentáveis e voltadas ao desenvolvimento. Ainda de acordo com os geólogos da universidade, a região de Crixás, por exemplo, tem potencial para a exploração de recursos como ouro, cobre, zinco e chumbo.

Pesquisa em Comunicação

O setor de mineração lida constantemente com crises de imagem. Isso ocorre não só pelos óbvios impactos ambientais gerados pela sua atividade, mas também pela associação com desastres como o rompimento da barragem de Brumadinho em 2019 ou a crise com os Yanomami em 2023.

Em artigo publicado neste ano, autores Eurípedes Carvalho, Roberta Basille e Lívia Marques discutem justamente o que pode ser feito pela iniciativa capitaneada pela UFG e pelo governo do Estado em Goiás, em termos de comunicação estratégica. O texto foi apresentado no ano passado, em um dos maiores e mais prestigiados congressos da área de comunicação, o encontro da Asociación Latinoamericana de Investigadores de la Comunicación (ALAIC).

Para os autores, a maneira como o projeto está sendo desenvolvido, com previsão de participação ativa e dialogada com as populações das cidades afetadas, orienta um projeto de comunicação participativo e voltado para a coletividade. De acordo com eles, projetos dessa natureza buscam realizar ações que “demonstrem a relevância da comunicação enquanto área estratégica, capaz de promover o reconhecimento e a integração entre os públicos a partir dos princípios da ética e da transparência, fundamentais para a construção de políticas públicas”.

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